O Concílio Ecumênico Vaticano II não
poderia esquecer a educação, pois a Igreja sempre foi considerada a grande
mestra da vida. À luz da palavra de Deus ela construiu sua pedagogia, porque
evangelização e educação caminham de mãos dadas na formação do ser humano. A
declaração Gravissimum Educationis, o legado do concílio para essa necessidade
da vida humana, assim se inicia: O sagrado concílio ecumênico considera
atentamente a importância capital a educação para a vida do homem e sua
influência sempre maior sobre o progresso social da nossa época.
No obstante, fraquezas e limitações fazerem
parte da natureza humana, Jesus convocou seus seguidores à perfeição,
dando-lhes como referência a perfeição do Pai: Sede Perfeitos, como o Pai
Celestial é Perfeito. A caminhada entre
as imperfeições humanas e a perfeição divina é uma aprendizagem de toda a vida,
efetivada exatamente pela educação, auxiliada pela Graça de Deus. Daí ser ela
considerada um direito universal. Está no documento: Os homens todos de
qualquer raça, condição e idade, em virtude da dignidade de sua pessoa, gozam
do direito inalienável à educação que corresponda à sua finalidade à índole, à
diferença de sexo, e se acomode à cultura e as tradições nacionais e, ao mesmo
tempo, se abra a convivência fraterna com outros povos, favorecendo a união
verdadeira e a paz na terra. Neste parágrafo está claro que a educação não é um
favor prestado, porém um dever da família, da sociedade e da Igreja para uma
formação humana completa.
Mais adiante, a Gravissimum Educationis
se volta mais para o povo de Deus, sublinhando: Todos os Cristãos que, pela
regeneração da água e do Espírito Santo, se tornaram nova criatura e são
chamados filhos de Deus tem direito à educação cristã.
O espaço de Liturgia
Diária deste mês de julho só permite esta abordagem sumária sobre o referido documento, cuja importância e qualidade o fazem merecedor de uma leitura
integral de qualquer um de nós, porque na verdade todos somos educadores.
Dom
Geraldo Majella Agnelo
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