Quando o sol ainda
não havia cessado seu brilho,
Quando a tarde
engolia aos poucos
As cores do dia e
despejava sobre a terra
Os primeiros retalhos
de sombra
Eu vi que Deus veio
assentar-se
Perto do fogão de
lenha da minha casa
Chegou sem alarde,
retirou o chapéu da cabeça
E buscou um copo de
água no pote de barro
Que ficava num lugar
de sombra constante.
Ele tinha feições de
homem feliz, realizado
Parecia imerso na
alegria que é própria
De quem cumpriu a
sina do dia e que agora
Recolhe a alegria
cotidiana que lhe cabe.
Eu o olhava e
pensava:
Como é bom ter Deus
dentro de casa!
Como é bom viver essa
hora da vida
Em que tenho direito
de ter um Deus só pra mim.
Cair nos seus braços,
bagunçar-lhe os cabelos,
Puxar a caneta do seu
bolso
E pedir que ele
desenhasse um relógio
Bem bonito no meu
braço
Mas aquele homem não
era Deus,
Aquele homem era meu
pai
E foi assim que eu
descobri
Que meu pai com o seu
jeito finito de ser Deus
Revela-me Deus com
seu
Jeito infinito de ser
homem.
Pe. Fábio de Melo
A revelação plena de Deus em nossas vidas ocorre a partir da experiência
do infinito amor em comunhão com os irmãos e irmãs de caminhada!
Para acessar o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=anTfydtFjH8
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Palavra em mim agradece, pois seu comentário é muito importante para a nossa caminhada dialógica.
Obrigado!