sábado, 23 de junho de 2012

Importância e função do canto e da música na liturgia


“O Apóstolo aconselha os fiéis, que se reúnem em assembléia para aguardar a vinda do senhor, a cantarem juntos salmos, hinos e cânticos espirituais (cf. Cl 3,16), pois o canto constitui um sinal de alegria do coração (cf. At 2, 46). (...) Portanto, dê-se grande valor ao uso do canto na celebração da missa, tendo em vista a índole dos povos e as possibilidades de cada assembléia litúrgica” (IGMR, 39-40).
Conforme a orientação do Concílio Vaticano II, a música apropriada à liturgia é aquela que está mais intimamente integrada à ação litúrgica e ao momento ritual ao qual ela se destina (cf. SC 112).
A música é a ‘alma’ da liturgia. Daí, o cuidado para a escolha de um repertório bíblico-litúrgico que expresse o verdadeiro sentido da liturgia que é a celebração do mistério pascal de Cristo.
A criação de um repertório bíblico litúrgico pressupõe o cumprimento de alguns critérios básicos a saber:
a. Os textos dos cantos sejam tirados da Sagrada Escritura ou inspirado nela e das fontes litúrgicas (cf. SC 121);
b. O texto seja poético (evitando explicitações desnecessárias, moralismos, chavões...);
c. Não falte a dimensão comunitária, dialogal, orante... nos textos e nas melodias;
d. As melodias sejam acessíveis à grande maioria da assembléia, porém, belas e inspiradas;
e. Sejam evitados melodias e textos adaptados de canções populares, trilhas sonoras de filmes e novelas...;
f. Sejam levados em conta o tipo de celebração, o momento ritual em que o canto será executado (cf. SC 112) e as características da assembléia;
g. O tempo do ano litúrgico e suas festas (cf. SC 107);
h. O jeito da cultura do povo do lugar (cf. SC 38-40).
‘Ministérios’ litúrgico-musicais
Os compositores, letristas, animadores, salmistas, cantores, instrumentistas... exercem um verdadeiro ministério litúrgico (cf. SC 29). Para um bom desempenho desse nobre serviço, é necessário que:
• Os compositores (letristas e músicos) conheçam profundamente a função ministerial de cada canto na ação litúrgica e traduzam numa linguagem poética, mística, orante e performativa... os textos e melodias destinados a cada momento da celebração litúrgica;
• Os instrumentistas utilizem seus instrumentos musicais para sustentar e nunca se sobrepor ao canto dos fíéis (cf. MS 64);
• Os animadores sustentem o canto da assembléia sem jamais lançar mão desta sua função para dar “show”, ou seja: chamar a atenção sobre si próprio;
• Os salmistas jamais deverão substituir o salmo responsorial por outro canto. Se, porventura, não puderem cantá-lo, que o recitem com o refrão do povo (cf. IGMR 2002, 61);
• Os grupo de cantores ou corais desempenhem sua função sem jamais monopolizar o canto durante toda a celebração.
Fonte: Formação Litúrgica em Mutirão - CNBB - rede celebra - revista de liturgia / Ficha 19

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