quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Palavra de Deus na ação litúrgica



Característica própria da Palavra de Deus na ação litúrgica

Na celebração litúrgica, a Palavra de Deus não se exprime sempre do mesmo modo, nem penetra sempre nos corações dos fiéis com a mesma eficácia; mas Cristo está sempre presente em sua palavra e, realizando o mistério da salvação, santifica os homens e presta ao Pai o culto perfeito.
Mais ainda, a economia da salvação, que a Palavra de Deus não cessa de recordar e prolongar, alcança seu mais pleno significado na ação litúrgica, de modo que a celebração litúrgica se converta numa contínua, plena e eficaz apresentação desta Palavra de Deus. Assim, a Palavra de Deus, proposta continuamente na Liturgia, é sempre viva e eficaz pelo poder do Espírito Santo, e manifesta o amor ativo do Pai, que nunca deixa de ser eficaz entre os homens.

A Palavra de Deus na economia da salvação
A Igreja anuncia o mesmo e único mistério de Cristo quando proclama, na celebração litúrgica, o Antigo e o Novo Testamento. Com efeito, no Antigo Testamento está latente o Novo, e o Novo se faz patente o Antigo. O centro e a plenitude de toda a Escritura e de toda a celebração litúrgica é Cristo: por isso deverão beber de sua fonte todos os que
buscam a salvação e a vida.
Quanto mais profundamente se compreender a celebração litúrgica, mais profundamente se estimará a importância da Palavra de Deus; e o que se diz de uma pode-se afirmar de outra, visto que ambas lembram o mistério de Cristo e o perpetuam, cada qual a seu modo.

A Palavra de Deus na participação litúrgica dos fiéis
Na ação litúrgica, a Igreja responde fielmente o mesmo “Amém” que Cristo, mediador entre Deus e os homens, pronunciou, de uma vez para sempre, ao derramar seu sangue, a fim de selar, com a força de Deus, a nova aliança no Espírito Santo.
Quando Deus comunica a sua Palavra, sempre espera uma resposta, que consiste em escutar e adorar “em Espírito e verdade” (Jo 4,23). O Espírito Santo, com efeito, é quem faz que esta resposta seja eficaz, para que se manifeste na vida o que se escuta na ação litúrgica, segundo aquelas palavras: “Sede por isso executores da palavra, e não apenas
ouvintes” (Tg 1,22).
As atitudes corporais, os gestos e palavras com que se exprime a ação litúrgica e se manifesta a participação dos fiéis, não recebem seu significado unicamente da experiência humana, de onde são tirados, mas também da Palavra de Deus e da economia da salvação, à qual se referem. Por isso, os fiéis tanto mais participam da ação litúrgica, quanto mais se esforçam, ao escutar a Palavra de Deus nela proclamada, por aderir ao próprio Verbo de Deus encarnado em Cristo. Assim, procurem que o que celebram na liturgia seja uma realidade em sua vida e costumes e, inversamente, o que fizerem em sua vida se reflita na liturgia.
(Extraído da Introdução Geral do Elenco das Leituras Bíblicas)

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