sábado, 23 de julho de 2011

Menos tutela e mais educação autônoma



Muitas pessoas não conseguem pensar e agir por si mesmas. Dependem das opiniões alheias; estão atreladas emocionalmente a figuras paternalistas familiares, religiosas, midiáticas ou políticas. Quanto mais paternalismo nas relações sociais, quanto mais tutela necessitamos, menos aprendemos a ser livres, a evoluir como pessoas e como sociedade.


A educação integral e de qualidade é um caminho fundamental para conseguir crescer, evoluir, libertar-nos das injunções da infância, da dependência de modelos herdados, da necessidade de tutela permanente. A educação de qualidade nos fornece instrumentos para tomar nossas decisões, para fazer melhores escolhas, para não sermos manipulados por outras pessoas, por mais importantes que tenham sido na nossa vida.


Não podemos contentar-nos em preparar pessoas para o mercado de trabalho, mas para a vida, para serem melhores pessoas e realizar-se em todas as dimensões. Quando vemos muitas pessoas que passaram pela escola e se transformaram em adultos medrosos, com dificuldade de pensar por si mesmas, constatamos que algo falhou no processo. São muitas as pessoas que não conseguem compreender além das aparências, que têm opiniões fundamentadas, que desenvolvem visões interessantes de mundo, que conseguem mostrar uma trajetória de vida rica e estimulante.


Nossa educação familiar e escolar será importante quando produza resultados perceptíveis socialmente; quando transforme filhos e alunos em pessoas mais abertas, autônomas e realizadas, em cada etapa das suas vidas, quando não necessitemos de tantas "autoridades" nos guiando, aconselhando e decidindo tudo por nós. (José Manuel Moran).


Educar para a emancipação, "desalienando"

os sujeitos para serem protagonistas da história,

é tarefa essencial para uma relação de liberdade

e abertura ao humanismo social, fazendo-nos

comprometimento com uma educação integral que promove a vida.

palavraemmim.blogspot.com





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