quinta-feira, 7 de junho de 2012

Corpus Christi



“Há ainda um ponto sobre o qual gostaria de chamar a atenção, porque sobre ele recai em grande medida a autenticidade da participação na Eucaristia, celebrada na comunidade: é o impulso que ela traz em si por um empenho eficaz na edificação de uma sociedade mais justa e fraterna. Na Eucaristia, nosso Deus manifestou a forma extrema do amor, derrubando todos os critérios de domínio que regem freqüentemente as relações humanas e afirmando de modo radical o critério do serviço: Se alguém quer ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos” (Mc 9,35). Não por acaso, no evangelho de João não encontramos a narrativa da instituição eucarística, mas a do “lava-pés” (cf. Jo 13,1-20): inclinando-se para lavar os pés de seus discípulos, Jesus explica de modo inequívoco o sentido da Eucaristia. São Paulo, por seu lado, insiste com vigor que não é lícita uma celebração eucarística na qual não refulja a caridade testemunhada pela partilha concreta com os mais pobres. (cf. 1Cor 11, 17-22.27-34)” (n. 28) 
“Em cada santa missa somos chamados a nos comparar com o ideal de comunhão que o livro dos Atos dos Apóstolos traça como modelo de Igreja de sempre. É a Igreja reunida em torno dos Apóstolos, convocada pela Palavra de Deus, capaz de uma partilha que não atinge apenas os bens espirituais, mas mesmo os bens materiais (cf. At 2,42-47; 4, 32-35)” (n. 22). 

Carta Apostólica Mane Nobiscum Domine do Papa João Paulo II

A Eucaristia forma comunhão, comunidade, onde se partilha a vida, os dons e as necessidades com os irmãos. A Eucaristia é projeto de solidariedade com toda a humanidade, especialmente aqueles que sofrem injustiças, os pobres e necessitados, aqueles “sem voz e sem vez”.


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