quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Fraternidade e saúde pública

Saúde e Doença: dois lados da mesma realidade
A vida, a saúde e a doença são realidades profundas, envoltas em mistérios. Diante delas, as ciências não se encontramem condições de oferecer uma palavra definitiva, mesmo com todo o aparato tecnológico hoje disponível. Assim, as enfermidades, o sofrimento e a morte apresentam-se como realidades duras de serem enfrentadas e contrariam os anseios de vida e bem-estar do ser humano.
Saúde e Salvação para a Igreja
Com a doença passamos a perceber o corpo como um ‘outro’, independente, rebelde e opressor.Ninguém escolhe ficar doente. A doença se impõe. Além de não respeitar nossa liberdade, ela também tolhe nosso direito de ir e vir. A doença é, por isso, um forte convite à reconciliação e à harmonização com nosso próprio ser.
A doença é também um apelo à fraternidade e à igualdade, pois não discrimina ninguém. Atinge a todos: ricos, pobres, crianças, jovens, idosos. Com a doença, escancara-se diante de todos a nossa profunda igualdade. Diante de tal realidade, a atitude mais lógica é a da fraternidade e da solidariedade.
Trata-se de uma concepção dinâmica e socioeconômica da saúde que, ao tomar o tema da saúde, não restringe a reflexão acausas físicas, mentais e espirituais, mas avança para as sociais. Com esta abordagem, a Igreja objetiva apresentar elementos para dialogar com a sociedade, a fim de melhorar a situação de saúde da população.
Elementos da Doutrina Social da Igreja pertinentes à Saúde Pública
“Mesmo em uma sociedade em que as relações e serviços se pautem pela justiça, faz-se necessária a caridade, pois: “Não há qualquer ordenamento estatal justo que possa tornar supérfluo o serviço do amor” (Bento XVI).
Na CF de 1981, “Saúde para Todos”, o Papa João Paulo II escreveu, em sua mensagem para a Campanha, que a “boa saúde não é apenas ausência de doenças: é vida plenamente vivida, em todas as suas dimensões, pessoais e sociais. Como o contrário, a falta de saúde, não é só a presença da dor ou do mal físico. Há tantos nossos irmãos enfermos, por causas inevitáveis ou evitáveis, a sofrer, paralisados, ‘à beira do caminho’, à espera da misericórdia do próximo, sem
a qual jamais poderão superar o estado de‘semimortos’”.
8 Metas da ONU – do Início dos anos 90 até 2015
- Reduzir pela metade o número de pessoas que vivem na miséria e passam fome.
- Educação básica de qualidade para todos.
- Igualdade entre os sexos e mais autonomia para as mulheres.
- Redução da mortalidade infantil.
- Melhoria da saúde materna.
- Combate a epidemias e doenças.
- Garantia da sustentabilidade ambiental.
- Estabelecer parcerias mundiais para o desenvolvimento.
Fonte: Texto-Base CF-2012 / Primeira parte

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