quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Amarás o teu próximo como a ti mesmo...

"Amarás teu próximo como a ti mesmo."
O Evangelho inteiro afirma isso claramente - é todo ser humano, homem ou mulher, amigo ou inimigo, ao qual se deve respeito, consideração, apreço. O amor ao próximo é universal e pessoal ao mesmo tempo. Abraça toda a humanidade e se concretiza "naquele que está ao seu lado".
Mas, quem pode nos dar um coração tão grande, quem pode suscitar em nós uma benevolência tão grande, que nos faça sentir "próximos" até mesmo aqueles que nos são mais estranhos, que nos faça superar o amor a nós mesmos, para vermos a nós mesmos nos outros? É um dom de Deus, ou melhor, é o próprio amor de Deus que "foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Rm 5,5).
Logo, não se trata de um amor comum, não é simples amizade, nem apenas filantropia, mas é aquele amor que foi derramado em nossos corações já no batismo, aquele amor que é a vida do próprio Deus, da Santíssima Trindade, e do qual podemos participar.
O amor, portanto, é tudo. Mas, para podermos vivê-lo bem é necessário conhecermos as suas qualidades, que vêm à tona no Evangelho e na Sagrada Escritura em geral e que acreditamos poder sintetizar em alguns aspectos fundamentais.
Antes de tudo, Jesus, que morreu por todos, amando a todos, ensina-nos que o verdadeiro amor deve ser dirigido a todos. Não como o amor que muitas vezes vivemos, meramente humano, que tem um raio de alcance restrito: a família, os amigos, os vizinhos. O amor verdadeiro que Jesus pede não admite discriminações; não faz distinção entre a pessoa simpática e a antipática; para esse amor não existe o bonito e o feio, o adulto e a criança, o conterrâneo e o estrangeiro, o irmão da própria Igreja ou de outra, da própria religião ou de outra. Esse amor ama a todos. É isso que devemos fazer: amar a todos.
E ainda, o amor verdadeiro é o primeiro a amar; não espera ser amado, como em geral acontece com o amor humano, que nos faz amar aqueles que nos amam. Não, o amor verdadeiro toma a iniciativa, como fez o Pai quando, sendo nós ainda pecadores - e, portanto, quando ainda não amávamos -, mandou o Filho para nos salvar.
Sendo assim, amar a todos e tomar a iniciativa no amor.
O amor verdadeiro reconhece também a presença de Jesus em cada próximo. No juízo final, Jesus nos dirá: "Foi a mim que o fizestes" (cf. Mt 25,40). Isso vale para o bem que fazemos e, infelizmente, também para o mal.
O amor verdadeiro ama o amigo, mas também o inimigo; faz-lhe o bem, reza por ele.
Jesus deseja também que o amor, trazido por Ele à terra, se torne recíproco: que um ame o outro e vice-versa, de modo que se alcance a unidade.
Todas essas qualidades do amor levam-nos a entender e viver melhor a Palavra de Vida.
Chiara Lubich

MENSAGEM ENVIADA PELA AMIGA LÚCIA CAMPOS.

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