
A palavra de Deus deste domingo é boa oportunidade para rever o nosso relacionamento com aquele que nos criou. Somos neste Santo dia, repletos do amor do Pai que torna-nos por excelência, humildes de coração, com a Graça e a Palavra de Deus.
Irmãos e irmãs em Cristo,
A primeira leitura do Eclesiástico mostra o grito, o clamor do pobre que denuncia a injustiça, Deus com sua infinita misericórdia ouve as súplicas do oprimido e restabelece a justiça para o humilde.
Caríssimos em Cristo,
Na segunda leitura, com a certeza do martírio, Paulo se compara a um atleta que recebe o prêmio da vitória: ele sabe que sua vida foi inteiramente dedicada a propagar e sustentar a boa nova. Embora sinta-se abandonado pelos companheiros e próximos, seu olhar continua firme no senhor, para anunciar o Evangelho e finalmente participar plenamente do Reino, pela força do combate e da fé. Percebemos assim, que tudo é graça diante de Deus. A certeza de Paulo alimenta hoje nossa esperança, neste tempo missionário, que é preciso lutar com fé, anunciando, proclamando a vida nova. Glórias sejam dadas por todo o sempre ao Pai que vive em nós!
Amados em Cristo,
Lucas revela-nos em Jesus, comparando a forma como o fariseu e o cobrador de impostos entram em contato com Deus. O fariseu considera-se salvo, cheio de si, cumpridor das obrigações, uma religião de aparência, que valoriza a oferta e os ritos. O cobrador de impostos reconhece-se como pecador e faz uma verdadeira confissão, eleva suas súplicas, com graça diante de Deus.
Irmãos e irmãs,
A oração do fariseu não é agradável a Deus devido ao seu orgulho, que o leva a fixar-se em si mesmo e a desprezar os outros. Começa a dar graças a Deus, mas é óbvio que não se trata de verdadeira ação de graças, visto que se vangloria do bem que fez, e não é capaz de reconhecer os seus pecados; como pensa que já é justo, não tem necessidade, segundo ele, de ser perdoado; e, efetivamente, permanece nos seus pecados; pelo contrário, o cobrador de impostos reconhece a sua indignidade e arrepende-se sinceramente: estas são as disposições necessárias para ser perdoado por Deus.
A comunidade que, na missa, no culto, nas celebrações em suas orações pessoais, entra em contato com Deus, precisa estar desarmada de toda presunção e preconceito: presunção de nos considerarmos perfeitos e justos. E não é a quantidade de ofertas que irá convencer a Deus que somos bons cristãos. Não basta ser perseverante e insistente. É preciso reconhecer e confessar a própria pequenez, recorrendo à misericórdia de Deus. De nada adianta o homem justificar a si mesmo, pois, a justificação é dom de Deus.
Caríssimos em Cristo,
O Senhor completa neste domingo missionário, o seu ensinamento sobre a oração; além da Oração: ser perseverante e cheia de fé, a oração deve brotar de um coração humilde e arrependido dos seus pecados. Quando o Senhor Jesus diz que exaltaria os humilhados significa “Elevar até a si”. Quando nos humilhamos diante do nosso Deus, percebendo nossa limitação e nossa dependência por Ele, Ele nos eleva até si, nos coloca ao seu lado. Este é o segredo de desfrutar da presença grandiosa dEle de forma mais intensa. Se humilhar, é a chave para ser elevado até o mais alto lugar, ser levado até o Santo dos Santos e lá mesmo se deparar com a chama de Deus, a sua glória, o seu sorriso, a plenitude da sua presença. Com a graça Divina, o ardor de Paulo e Jesus Eucarístico, proclamemos e cantemos: “Qual é a chave? Qual é o segredo? Que abre as portas do teu coração? ... Pois Ele tem tanto pra te falar. Quer te amar te perdoar. Mas é você que tem que abrir o coração. Deixa Jesus te consolar. Deixa Jesus te abençoar. Deixa Jesus te dar a tua Salvação.” Animados pela fé, com humildade em Cristo e na certeza da vitória, seguimos com Jesus alcançando a plenitude eterna. Assim seja! Amém.
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