domingo, 31 de outubro de 2010

"Hoje a salvação entrou nesta casa"

Queridos irmãos e irmãs,
Neste Santo Domingo missionário, nosso encontro com Deus-amor, Jesus Verbo Divino é repleto de Amor fraterno, acolhedor, que revela ao pecador a conversão e mostra a face amorosa e solidária do Pai, em Cristo Jesus, dando-nos a certeza de Salvação para todos (as). Convidamos e somos convidados por Jesus a caminhar conosco neste Domingo de Amor, perdão e conversão!

Irmãos e irmãs,
A vida do homem é determinada pelo culto a divindade que ele adora. Quem serve aos ídolos sofre as conseqüências da idolatria. Deus repreende com amor de Pai, o povo que peca, acolhendo em seu amor. Deus é o único Senhor da vida, e quer que todos se convertam e encontrem o caminho para a vida. Deus é, por excelência, o Todo-poderoso, mas seu poder se expressa na compaixão e no perdão, pois ele é o amigo da vida.
Voltemos nosso olhar para a realidade que nos cerca, descobriremos em cada criatura uma centelha do Criador, e a criação inteira será um grande mosaico do rosto de Deus. Isso, contudo, não nos deve alienar: há tantas realidades que precisam ser transfiguradas. Ser Cristão é não se omitir perante a caminhada missionária.

Caríssimos,
A segunda leitura mostra que a vinda do senhor não pode causar transtornos, nem alarmes, nem paralisia de nossa fé, que tem quer ser ativa, não passiva. Paulo põe em crise um tipo de fé e religião que amarram as pessoas com cordas de medo e intimidação. O Senhor voltará, diz Paulo, mas será num tempo imprevisível, e terá como objetivo “nossa união com ele”.

Amados,
O evangelho de Lucas revela-nos este magnífico encontro entre Jesus e Zaqueu, que era uma dessas realidades desfiguradas do rosto do Todo-poderoso. Encontro notadamente com significados: Zaqueu pequeno diante de Jesus, precisa de uma árvore para ver Jesus passar, ficar à altura do mestre, árvore que simbolizou o pecado, agora reafirma a vida plena, salvação para todos.
Para Zaqueu, vida significava muito dinheiro proporcionando muito poder. Jesus lhe mostra outra realidade: vida significa partilha, e poder significa dispor-se a servir a vida dos outros, particularmente os pobres e necessitados.
Zaqueu é o exemplo para qualquer rico que deseja alcançar a salvação. Sua conversão começa com o desejo de conhecer Jesus de perto. Continua, quando se une ao povo para se encontrar com Jesus e acolhê-lo em sua própria casa. A conversão se completa quando Zaqueu se dispõe a partilhar seus bens e devolver com juros o que ele havia se apropriado de forma indevida.

Amados em Cristo,
Jesus, na sua missão recebida do Pai, na caminhada para Jerusalém, ao atravessar a cidade de Jericó, o Evangelho não mede fronteiras e distância, encontra-se com Zaqueu. A narrativa do trecho deste Evangelho comove-nos e encanta-nos, no convite especial e terno, feito a um homem rico e pecador, revelando que a Salvação é para todos (as). Zaqueu procura ver e ouvir Jesus. O chamado do Senhor Jesus foi surpreendente e pelo nome, quando ele estava lá em cima da árvore. Árvore que outrora simbolizou a perdição pelo pecado e hoje simboliza, aquele que sobe mais alto, para ter com Jesus, o encontro de salvação. O amor de Deus está além da nossa pequenez. Basta um pequeno gesto nosso em direção a Ele e, então, Ele nos dá a paz, a segurança, o perdão. Note-se que havia pressa de ambos os lados. Jesus pediu a Zaqueu que descesse rápido, no que foi prontamente atendido. Dentro de mais alguns dias Jesus seria crucificado. Buscar e salvar os perdidos foi o propósito de Sua vinda. Zaqueu era uma ovelha perdida. Quantos Zaqueus existem por aí só esperando uma palavra, um aceno, um convite?
Jesus hospeda na casa de Zaqueu, ou seja, permanece, não só fisicamente, mas plenamente na alegria da conversão. Jesus mais do que falar, ouve, acompanha a transformação daquele homem. Com Jesus entra a salvação na casa de Zaqueu, pelo amor diz: “Hoje, veio a salvação a esta casa”.

Irmãos e irmãs em Cristo,
Nossa missão é deixar que Jesus entre em nossas casas, que nossas vidas se tornem hinos de Glória na presença do Cristo Jesus. E se preciso for, cortar as amarras, subir na árvore, esperando a passagem de Cristo, para reconhecê-lo como mestre e Senhor da vida e da salvação plena para todos, em especial, aqueles que se encontram perdidos.
Pelo encontro com Jesus, que nos convida, fazendo-nos pessoas novas, proclamemos com fé missionária: “Senhor, toma minha vida nova antes que a espera desgaste anos mim, estou disposto ao que queiras não importa o que seja, Tu chamas-me a servir. Leva-me aonde os homens necessitem Tua palavra, necessitem de força de viver, onde falte a esperança onde tudo seja triste simplesmente por não saber ti. Te dou meu coração sincero para gritar sem medo formoso é Teu amor Senhor, tenho alma missionária conduza-me à terra que tenha sede de Ti. E, assim eu partirei cantando, por terras anunciando Tua beleza, Senhor terei meus braços sem cansaço Tua história em meus lábios e a força na oração”.
Que a nossa vontade de ver Jesus, de ir ao seu encontro, de fazermos uma rica e profunda experiência do seu amor, ajude-nos a superar nossas limitações e nossas barreiras. Todos os dias, e modo especial aos domingos, assim como Zaqueu, somos visitados por Jesus, nas assembléias de irmãos, pela Palavra, no Pão Eucarístico. Importante nosso desapego, de procurar, ver e ouvir Jesus, que nos transformará à medida que distribuirmos os bens com os irmãos e irmãos e acolhermos como amor o pecado à conversão.
Ouçamos Jesus que nos chama: Zaqueu, Zaqueu! Zaqueu, Zaqueu! Desce que eu quero te ver. Zaqueu, Zaqueu! Quero falar com você! Quando isso acontecer, a exemplo da disposição interior de Zaqueu, a salvação terá chegado e permanecido em nossa casa. Que saibamos acolher o Senhor no caminho da simplicidade e assim sermos alvo da salvação, que – com Ele – entra e permanece em nossa casa. Assim seja! Amém.

Um comentário:

Palavra em mim agradece, pois seu comentário é muito importante para a nossa caminhada dialógica.
Obrigado!