domingo, 2 de junho de 2013

"Dizei uma palavra e serei salvo"


Irmãos e irmãs,
Entramos novamente no tempo comum, neste tempo refletimos sobre os feitos de Jesus e hoje se revela no aprofundamento e compreensão de nossa fé em Cristo Jesus.  

Na primeira leitura, encontramos a abertura da revelação a todos os povos é o caso de Salomão que roga a Deus que atenda a todos os que se aproximarem do templo para clamar ao Deus Altíssimo. Assim também vemos Jesus no evangelho admirado da fé do Oficial Romano. O povo de Israel era um povo nacionalista e com muita dificuldade de se abrir a outros povos, mas por outro lado vemos muitas iniciativas neste sentido como é o caso de Salomão. Certamente que Jesus em suas pregações mostra muito bem que a salvação é universal.

Na segunda leitura, São Paulo adverte as comunidades da Galácia pela deturpação do verdadeiro evangelho, é algo que está acontecendo nesta comunidade, pessoas que andam pregando o evangelho de forma diferente e modificando o verdadeiro anúncio trazido por Jesus para simplesmente agradar as pessoas e tê-las em sua comunidade. Uma das grandes preocupações deste tempo da igreja era manter a mesma fé transmitida pelos Apóstolos e neste sentido a Igreja nascente se empenha para que a Doutrina não fosse mutilada por nenhum pregador mal formado. Isto para nós de hoje ainda é uma preocupação. Quantas pessoas em nossas comunidades que pregam a Palavra e se alvoram a dar palestras sem ter nenhuma formação...Veja bem a vida de São Paulo. Depois de sua conversão Paulo tentou pregar, mas a comunidade ficou assustada e rejeitou sua pregação, Paulo se retirou e foi se formar e na oração e estudo ficou 13 anos, somente depois Barnabé, que era seu primo, o introduziu na comunidade de Antioquia, e Paulo pregou durante 13 anos, dos quais passou boa parte preso. Não podemos nos precipitar, mas não podemos não pregar, temos que nos formar, nos preparar, afinal estamos falando da Palavra de Deus.

No Evangelho, ao atender ao pedido do oficial romano, Jesus ensinou aos seus discípulos a estarem prontos para realizar uma missão universal, para além dos limites do povo de Israel. Esta advertência justifica-se, se considerarmos a mentalidade segregacionista de seus contemporâneos, para os quais o contato com os pagãos deveria ser ciosamente evitado.
O pedido do oficial romano, que chegou até Jesus pela mediação de alguns judeus, foi aceito de imediato. O Mestre dispôs-se a ir até onde se encontrava o homem enfermo, a fim de curá-lo, sem se importar com o perigo de contrair impureza. Então o oficial, agiu com extrema delicadeza. Ao pensar que seria constrangedor para o judeu Jesus ter de entrar na casa de um pagão, sugeriu-lhe fazer o milagre à distância, sem o incômodo de infringir as rigorosas leis religiosas de seu povo. O segundo pedido do oficial foi uma inequívoca confissão de fé. Ele merecia ser atendido sem demora.
A constatação da "fé" deste pagão, maior que a de qualquer israelita, era um alerta para os discípulos: deveriam estar atentos à boa-vontade dos pagãos, em acolher o Reino. Se, fora de Israel, o Reino produzia seus efeitos nos corações das pessoas, por que limitar seu anúncio aos israelitas? O Reino não era propriedade particular de ninguém. Quem o acolhesse na fé, estaria em condições de ser agraciado por ele.
O centurião romano, equivalente a um capitão na hierarquia militar atual, foi elogiado por Jesus pela sua grande fé: “Em verdade vos digo: nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé”. Depois de professar uma fé tão viva em Jesus e de ser assim elogiado por ele, é de pensar que a vida daquele homem não foi mais a mesma. Depois das graças desse Ano da Fé temos que mudar de vida… para melhor!
Foi na cidade de Cafarnaum que Jesus se deparou com um dos maiores exemplos de fé. “Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé”. Soldado graduado comandava cem homens, como sugere a graduação militar “centurião”. Disse ele a Jesus: Eu também sou homem que exerço autoridade, digo a um vai e ele vai. Diga uma palavra e meu criado será salvo da paralisia. Demonstrando fé que causou admiração até em Jesus. Então Jesus disse ao afortunado da fé sincera: “Vai até sua casa, e por ser humilde o seu servo será curado”.
Desta forma, o texto nos sugere inúmeras reflexões além da fé. A humildade, a sinceridade, a pureza, a racionalidade e muitos outros atributos fortalecem essa fé. Assim, a fé deve ser ativa, para ser proveitosa, ela deve vir acompanhada de esperança, amor, sinceridade, ser contagiosa e empolgante. A verdade liberta, a luz ilumina o caminho. As virtudes, dons celestiais enchem a criatura de paz e bem-estar, essa venturosa claridade do céu que chamamos de fé e que basta ser do tamanho de um grão de mostarda para mover uma montanha de dificuldade, sofrimento e desilusões.

Desta forma, nós devemos ter a consciência em quem pomos nossa fé e a qual Igreja nós pertencemos. Somos filhos, herdeiros e vivemos na casa do Pai criada por Jesus somos pecadores, sim, e necessitamos da Graça, para vivermos Fé e Vida plenamente e afirmarmos: “dizei uma palavra e serei salvo”. Assim seja! Amém. 

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