domingo, 18 de dezembro de 2011

Acolhendo Jesus, como Maria...




Irmãos e irmãs,

Neste Santo Domingo, último Domingo do Advento, somos convocados ao projeto de vida plena e de salvação definitiva que Deus tem para oferecer aos homens. Esse projeto, anunciado, torna-se uma realidade concreta e plena com o SIM de Maria para encarnação de Jesus, verbo Divino.

A primeira leitura apresenta a promessa de Deus a David. Deus anuncia pela boca do profeta Natã, que nunca abandonará o seu Povo nem desistirá de conduzir ao encontro da felicidade e da realização plenas. A promessa de Deus irá concretizar-se numfilho de David, através do qual Deus oferecerá ao seu Povo a abundância e a fecundidade, a felicidade sem fim. Trata-se de uma aliança que confirma a fidelidade de Deus ao seu Povo, o seu amor provado na história, a sua vontade de cuidar do seu Povo, de libertar e de conduzir ao encontro da salvação e da vida.


Na segunda leitura, Paulo chama esse projeto de salvação, preparado por Deus desde sempre, como mistério; e, sobretudo, garante que esse projeto se manifestou, em Jesus, a todos os povos, a fim de que a humanidade inteira integre a família de Deus. É por esse mistério, que reflete o amor de Deus pelos homens, assim que “seja dada glória pelos séculos dos séculos”…


No Evangelho, Lucas revela-nos o momento em que Jesus encarna na história dos homens, a fim de lhes trazer a salvação e a vida definitivas. Mostra que a concretização do projeto de Deus só é possível quando os homens e mulheres aceitam dizer “sim” ao projeto de Deus e acolhendo Jesus ao mundo. Então, neste trecho, Lucas apresenta-nos o diálogo entre Maria e o anjo. A visita do anjo destina-se a apresentar à jovem de Nazaré uma proposta de Deus. Essa proposta vai exigir uma resposta clara de Maria. Qual é, então, o papel proposto a Maria no projeto de Deus?
Deus propõe a Maria que aceite ser a mãe de um “filho” especial… Desse filho diz-se, em primeiro lugar, que Ele se chamará Jesus. O nome significa “Deus salva”. Além disso, esse filho é apresentado pelo anjo como o “Filho do Altíssimo”, que herdará “o trono de seu pai David” e cujo reinado “não terá fim”. Dessa forma, o que é proposto a Maria é que ela aceite ser a mãe desse “Messias” que Israel esperava, o libertador enviado por Deus ao seu Povo para lhe oferecer a vida e a salvação definitiva.
A resposta de Maria começa com uma indagação, a indagação faz parte dos relatos de vocação. É uma resposta natural de um chamado, preocupada com a perspectiva do compromisso com algo que o ultrapassa; mas é, sobretudo, uma forma de mostrar a grandeza e o poder de Deus que, apesar das fragilidades e das limitações dos chamados, faz-nos instrumentos da sua salvação no meio dos homens e do mundo. Através de Maria, Deus vai fazer-se presente no mundo para oferecer a salvação a todos os povos.
Diante disso, Maria proclama: “eis a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra”. Afirmar-se como serva significa mais do que humildade, reconhece como eleito de Deus e aceita essa implicação em sua vida. Desta forma, Maria reconhece que Deus a escolheu, aceita com disponibilidade essa escolha e manifesta a sua disposição de cumprir, com fidelidade, o projeto de Deus.
Maria acolhe um hóspede muito especial, o Deus Menino. Somos chamados também para acolher em nossas vidas, Jesus, não o deixando trancado em nossas casas, mas saindo com ele para todos os eventos de nossa vida e nossa caminhada rumo ao Pai. Natal de Jesus é isso! Comunicar o bem-estar que provém da presença do Menino Deus. Que na celebração do Nascimento de Jesus, estejamos preparados, prontos para acolhê-lo em nosso coração, permitindo que ele se faça presente em nossa vida, por meio de nossas palavras e de nossas ações, para que sejamos missionários de Cristo. Assim seja! Amém.

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