domingo, 2 de outubro de 2011

A vinha do Senhor é a comunidade



Irmãos e irmãs,
Neste Santo Domingo, início do mês missionário, fazemos memória do Senhor, a videira verdadeira e fecunda, parceiro fiel do Pai no cuidado de seu povo. Assim, celebramos a vida de Jesus Cristo que se manifesta em todos os missionários, em qualquer âmbito, têm por mistério o cuidado da vinha.

Isaías salienta os cuidados que o Senhor dispensou à sua vinha. Esta vinha é o povo eleito. Deus Pai enviou os Profetas e foi estabelecendo alianças com o seu povo. Finalmente envia seu Jesus, o Filho amado, verdadeira vinha. Em Jesus, estamos unidos definitivamente à cepa.

Em carta aos cristãos de Filipos, Paulo afirma que tudo de bom que existe na civilização deve ser assumido pelo cristianismo, que trás em sua essência, valores de justiça e verdade. Assim, convida-nos como Igreja a celebrar melhor, suplicar agradecendo, a descobrir e potenciar os valores humanos fundamentais, a nos enchermos de ternura apesar dos conflitos, a redescobrir uma catequese libertadora que nos ajude na caminhada da libertação.

No Evangelho, Mateus mostra-nos Jesus, revelando-nos em parábolas, entendida pelos fariseus. Na parábola da vinha cada elemento tem um significado: Deus é o proprietário; a vinha é Israel; os servos são os profetas; os administradores são os judeus infiéis; os outros vinhateiros são os pagãos e os pecadores; o filho é Jesus. Assim, como na primeira leitura, Deus, o proprietário, mandou seus servos, os profetas e renovou por meio deles as exigências de sua Aliança. Porém, os mensageiros enviados não foram aceitos. Por fim, os judeus não aceitaram Jesus, plano salvífico de Deus. Por isso, o Reino de Deus será dado depois a outro povo diferente, o mundo pagão.

Cristo fundou a sua Igreja aberta a todos os homens, nenhum de nós, cristãos, se sente excluído deste mistério, porque as virtudes do povo eleito se podem repetir na história e na consciência de cada um de nós, enquanto a escolha da parte de Deus exige sempre uma resposta pessoal. Todos constituem a Igreja, em cumprimento ao plano da História da Salvação, convidando-nos à construção de um novo mundo a partir de cada um, fiéis ao ensinamento da Igreja.

Portanto, o cristão deve manter-se fiel ao pacto celebrado com Deus, que se realiza nas comunidades e grupos dispostos a colaborar para que o reino de Deus produza frutos para o bem de todo o povo. Todos somos trabalhadores do reino de Deus e também responsáveis pelo seu crescimento. Apesar dos conflitos, a celebração é o momento privilegiado para aprendermos a sermos ternos e acolhedores na Palavra e na ação profética e missionária.

Nossas comunidades são a vinha amada do Senhor, da qual ele cuida com carinho e espera frutos de amor e justiça. Sintamo-nos privilegiados, Deus cuida com carinho de cada filho e filha que pertence à sua vinha, pois, ela é regada com o precioso sangue de Cristo, para que produza os frutos da paz e de vida que Deus deseja e espera de nós. Recebemos de Deus a missão de cultivar a vinha de Cristo e ser um povo que saiba produzir frutos. Pois: “A vinha do Senhor é a comunidade” e a verdadeira videira é Cristo, que dá a vida por nós e sem o Qual nada podemos fazer. Assim seja! Amém

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