sexta-feira, 24 de junho de 2011

Corpus Christi: pão do céu




Santo Tomás de Aquino, o chamado doutor angélico, destacava três aspectos teológicos centrais do sacramento da Eucaristia. Primeiro, a Eucaristia faz o memorial de Jesus Cristo, que passou no meio dos homens fazendo o bem (passado). Depois, a Eucaristia celebra a unidade fundamental entre Cristo com sua Igreja e com todos os homens de boa vontade (presente). Enfim, a Eucaristia prefigura nossa união definitiva e plena com Cristo, no Reino dos Céus (futuro).

A Igreja, ao celebrar este mistério, revive estas três dimensões do sacramento. Por isso envolve com muita solenidade a festa do Corpo de Cristo. Não raro, o dia de Corpus Christi é um dia de liturgia solene e participada por um número considerável de fiéis (sobretudo nos lugares onde este dia é feriado). As leituras evangélicas deste dia lembram-nos a promessa da Eucaristia como Pão do Céu (Jo 6, 51-59 - ano A), a última Ceia e a instituição da Eucaristia (Mc 14, 12-16.22-26 - ano B) e a multiplicação dos pães para os famintos (Lc 9,11b-17 - ano C).


O Catecismo da Santa Igreja ensina que: “O modo de presença de Cristo sob as espécies eucarísticas é único. Ele eleva a Eucaristia acima de todos os sacramentos e faz com que ela seja como que o coroamento da vida espiritual e o fim ao qual tendem todos os sacramentos. No Santíssimo Sacramento da Eucaristia estão contidos verdadeiramente, realmente e substancialmente o Corpo e o Sangue junto com a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, o Cristo todo. Esta presença chama-se real não por exclusão, como se as outras não fossem reais, mas por antonomásia, porque é substancial e porque por ela Cristo, Deus e homem, se torna presente completo”(cf. Catecismo da Igreja Católica n. 1.374).


As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil ensina que: “os pais transmitir a fé e dar testemunho do amor a Jesus Cristo e à Igreja, para seus filhos, na qualidade de primeiros catequistas. A espiritualidade conjugal e familiar se expressa na oração em família, na participação na eucaristia dominical e na dedicação aos serviços pastorais da comunidade.”(cf. Doc 4 no. 130)


Corpus Christi não é veneração supersticiosa de um pedacinho de pão, nem uma ocasião para somente mandar procissões triunfalistas pelas ruas. É um comprometimento pessoal e comunitário com a vida de Cristo, dada por amor até a morte. É memorial da morte e ressurreição de Cristo, mas não um mausoléu; é um memorial vivo, no qual assimilamos o Senhor, mediante da refeição da comunhão cristão, saboreando um antegozo da glória futura.

O Cristo sacramentado hoje, em plena rua, à frente de nossa sociedade, recorda que atividade e contemplação constituem um binômio vital, inseparável e fecundo. Nosso trabalho não está separado da oração. A oração não é fuga da atividade. Na oração encontramos o verdadeiro sentido do trabalho. No trabalho celebramos a eucaristia da vida, da vida plena.


Que nestes dias possamos diante do sacrário adorar o Cristo presença-presente e Levá-lo para a nossa vida, santificando o mundo, fazendo de todos os batizados autênticos discípulos-missionários para que todos possam experimentar a vida plena que brota do amor de Deus que se dá a nós, sem mérito algum nosso, o Pão da Vida Eterna. Amém!




O maná-pão do céu simboliza que Deus concede-nos sempre a

graça plena de participar do projeto da Salvação, em Cristo Sacramentado,

comungamos do corpo de Cristo e dos irmãos de caminhada,

constituindo Igreja que Evangeliza na graça do descido do céu.

palavraemmim.blogspot.com

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