Queridos irmãos e irmãs,
Encerrando o tempo litúrgico do Natal, com a festa da Epifania, manifestação de Deus na pessoa do menino Jesus. Na pessoa dos Reis Magos, o Menino-Deus se revelou a todas as nações que, no futuro, seriam iluminadas pela luz da Fé.
Celebramos o reconhecimento público da divindade do Menino Jesus. Se no Natal Deus se manifesta como Homem, na Epifania esse mesmo Homem se revela como Deus. Assim, nestas duas festas, quis Deus que o grande mistério da Encarnação fosse revelado com todo o brilho, tanto aos judeus como aos gentios, dado o seu caráter de salvação para todos.
Irmãos e irmãs,
Isaías manifesta a esperança total na restauração de Jerusalém. Javé habita a cidade Santa e, de todos os lados, vêm os judeus, pagãos, enfim todo o povo. Com o Salvador reina a paz, e a glória de Javé irradia-se por todo o universo. O cântico nos mostra: eis que surge uma Luz que resplandece de glória todos os povos e nações, graça e louvor são dados ao Rei da Glória, que nos inunda com sua presença de Luz e Vida Nova, que ecoa para todos os povos.
Caríssimos irmãos e irmãos,
Paulo revela-nos em sua Carta aos Efésios que o mistério é o centro do anúncio de missão, e está inseparavelmente ligado à sua vocação de missionário entre os pagãos. Esse mistério é o projeto de Deus, que se realizou em Jesus Cristo e que manifesta toda a sua grandeza na Igreja, através do ministério de Paulo: os pagãos são chamados a pertencer ao povo de Deus. Não há separação entre os povos, com Jesus inaugura tempo novo, todos são chamados e convocados para a paz verdadeira, Jesus – príncipe da paz, faz com que todos participem das promessas divinas, que é dado em graça pelo Pai.
Amados em Cristo Jesus,
Mateus apresenta-nos Jesus-menino, Rei Salvador prometido pelas Escrituras, o relato mostra o destino de Jesus: rejeitado pelas autoridades do seu próprio povo e aceito pelos pagãos. Sua vinda, assim desperta reações diferentes. Aqueles que conhecem as escrituras, em vez de se alegrarem com a realização das promessas, ficam alarmados, vendo em Jesus uma séria ameaça para o seu modo de viver. Outros, como os reis magos, guiados por um sinal, a estrela, procuram Jesus e o acolhem como Rei Salvador.
O fato de serem três, cada um com um nome: Gaspar, Baltazar e Melchior e de diferente cor de pele, faz correspondência aos três continentes conhecidos nessa época: Europa, Ásia e África.
Os Reis são imagens daqueles (as) que mediante uma atitude humilde e sincera, pretendem atender aos sinais dos tempos, às constantes e progressivas mudanças, porque esses são a linguagem de Deus, e neles devem ser descobertos.
Os Reis do Oriente encarnam a história de todos que desejam encontrar um rumo certo para a vida, deixando-se orientar pela estrela, que pode ser um astro, uma pessoa ou um acontecimento, e que em toda parte emite o seu brilho, dos mais diversos gêneros, cores, línguas e idades.
Não basta saber quem é o Messias; é preciso seguir os sinais da história que nos encaminham para reconhecê-lo e aceitá-lo.
Irmãos e irmãs,
Nasce o Redentor, “como um simples bebê”. Não se trata de um ente puramente humano; àquela natureza se unia a própria Divindade: Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. Ali estava o Homem-Deus.
Epifania, a manifestação do Verbo Divino Encarnado, não é considerada desligada da adoração que Lhe prestaram os Reis do Oriente. Nesta cena há um público reconhecimento da divindade do Menino Jesus unido à Sua humanidade sobre todo o universo.
Epifania é um convite para sermos gratos ao Senhor, o que movia o fundo da alma dos Reis Magos era o desejo de prestar culto de adoração Àquele que acabara de nascer. A ação do Espírito Santo, levando-os a Belém, ampara-se no chamado universal de todas as nações à salvação e à participação nos bens da Redenção.
Irmãos e irmãs em Cristo - aquele que Salva,
É comovedora a confiança penetrada de coragem dos Reis Magos, diante de Herodes..."Tendo eles ouvido as palavras do rei, partiram. E eis que a estrela, que tinham visto no Oriente, os foi precedendo até chegar sobre o lugar onde estava o Menino, e ali parou. A aparição daquela estrela os encheu de profunda alegria".
Emociona a descrição de Mateus; ..."Entrando na casa, acharam o Menino com Maria, sua mãe"...Palavras proféticas, inspiradas pelo Espírito Santo, para deixar constado para todo o sempre que não se pode encontrar Jesus sem Maria, e menos ainda, Maria sem Jesus. A História comprova - e muito mais o fará - o quanto a devoção à Mãe conduz à adoração ao Filho, e quando a devoção ao Filho conduz à adoração à Mãe.
Os Reis Magos voltaram por outro caminho. Deus jamais deixa de proteger aqueles que o servem com amor e fidelidade. Se os Magos tivessem retornado a Herodes, eles mesmos poderiam ter precedido os Inocentes na morte. Assim procede sempre Deus, recompensando aqueles que são fiéis à Sua graça.
Caríssimos em Cristo Jesus-menino,
Se aos Reis Magos Deus chamou por meio da estrela, a nós Ele nos chama através de Sua Igreja, com sua pregação, jeito de viver em comunidade e com sua proposta de vida em abundância. Logo, a Epifania é a festa que nos convida a agradecermos ao Senhor, como também a Lhe pedir a graça de sermos guiados por toda parte através de Sua luz celeste, dessa forma, acolhermos com fé e vivermos com amor todos os dons que a Santa Igreja nos dá.
A todos nós, Deus nos faz retornar à Pátria "por outro caminho". Há uma certeza quando somos inebriados pela presença, Luz radiosa do Salvador, nossos caminhos não podem e não são os mesmos. Por isso, o Encontro com Jesus, em cada momento de nossas vidas, vai nos afastando do mundo e nos torna efetivamente mais próximo do Paraíso Eterno, da Glória Celeste.
ELES SEGUIRAM A ESTRELA... E ASSIM: “Todos os povos da terra serão um dia uma só nação/ Se a humanidade se unir e pensar Um mundo melhor surgirá! Os quatro cantos da terra estarão vivendo num só coração / Raças e credos buscando um só Deus unidos em uma oração!”
Ao iniciarmos 2011, a festa da Epifania convida a cada um de nós a sermos “Reis” e “Rainhas”, a interpretar os sinais de Deus e a comunicá-los aos outros a fim de construirmos uma sociedade justa e fraterna. Seguindo a Estrela, a luz brilhará em nós e para nós. Assim seja! Amém.
Encerrando o tempo litúrgico do Natal, com a festa da Epifania, manifestação de Deus na pessoa do menino Jesus. Na pessoa dos Reis Magos, o Menino-Deus se revelou a todas as nações que, no futuro, seriam iluminadas pela luz da Fé.
Celebramos o reconhecimento público da divindade do Menino Jesus. Se no Natal Deus se manifesta como Homem, na Epifania esse mesmo Homem se revela como Deus. Assim, nestas duas festas, quis Deus que o grande mistério da Encarnação fosse revelado com todo o brilho, tanto aos judeus como aos gentios, dado o seu caráter de salvação para todos.
Irmãos e irmãs,
Isaías manifesta a esperança total na restauração de Jerusalém. Javé habita a cidade Santa e, de todos os lados, vêm os judeus, pagãos, enfim todo o povo. Com o Salvador reina a paz, e a glória de Javé irradia-se por todo o universo. O cântico nos mostra: eis que surge uma Luz que resplandece de glória todos os povos e nações, graça e louvor são dados ao Rei da Glória, que nos inunda com sua presença de Luz e Vida Nova, que ecoa para todos os povos.
Caríssimos irmãos e irmãos,
Paulo revela-nos em sua Carta aos Efésios que o mistério é o centro do anúncio de missão, e está inseparavelmente ligado à sua vocação de missionário entre os pagãos. Esse mistério é o projeto de Deus, que se realizou em Jesus Cristo e que manifesta toda a sua grandeza na Igreja, através do ministério de Paulo: os pagãos são chamados a pertencer ao povo de Deus. Não há separação entre os povos, com Jesus inaugura tempo novo, todos são chamados e convocados para a paz verdadeira, Jesus – príncipe da paz, faz com que todos participem das promessas divinas, que é dado em graça pelo Pai.
Amados em Cristo Jesus,
Mateus apresenta-nos Jesus-menino, Rei Salvador prometido pelas Escrituras, o relato mostra o destino de Jesus: rejeitado pelas autoridades do seu próprio povo e aceito pelos pagãos. Sua vinda, assim desperta reações diferentes. Aqueles que conhecem as escrituras, em vez de se alegrarem com a realização das promessas, ficam alarmados, vendo em Jesus uma séria ameaça para o seu modo de viver. Outros, como os reis magos, guiados por um sinal, a estrela, procuram Jesus e o acolhem como Rei Salvador.
O fato de serem três, cada um com um nome: Gaspar, Baltazar e Melchior e de diferente cor de pele, faz correspondência aos três continentes conhecidos nessa época: Europa, Ásia e África.
Os Reis são imagens daqueles (as) que mediante uma atitude humilde e sincera, pretendem atender aos sinais dos tempos, às constantes e progressivas mudanças, porque esses são a linguagem de Deus, e neles devem ser descobertos.
Os Reis do Oriente encarnam a história de todos que desejam encontrar um rumo certo para a vida, deixando-se orientar pela estrela, que pode ser um astro, uma pessoa ou um acontecimento, e que em toda parte emite o seu brilho, dos mais diversos gêneros, cores, línguas e idades.
Não basta saber quem é o Messias; é preciso seguir os sinais da história que nos encaminham para reconhecê-lo e aceitá-lo.
Irmãos e irmãs,
Nasce o Redentor, “como um simples bebê”. Não se trata de um ente puramente humano; àquela natureza se unia a própria Divindade: Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. Ali estava o Homem-Deus.
Epifania, a manifestação do Verbo Divino Encarnado, não é considerada desligada da adoração que Lhe prestaram os Reis do Oriente. Nesta cena há um público reconhecimento da divindade do Menino Jesus unido à Sua humanidade sobre todo o universo.
Epifania é um convite para sermos gratos ao Senhor, o que movia o fundo da alma dos Reis Magos era o desejo de prestar culto de adoração Àquele que acabara de nascer. A ação do Espírito Santo, levando-os a Belém, ampara-se no chamado universal de todas as nações à salvação e à participação nos bens da Redenção.
Irmãos e irmãs em Cristo - aquele que Salva,
É comovedora a confiança penetrada de coragem dos Reis Magos, diante de Herodes..."Tendo eles ouvido as palavras do rei, partiram. E eis que a estrela, que tinham visto no Oriente, os foi precedendo até chegar sobre o lugar onde estava o Menino, e ali parou. A aparição daquela estrela os encheu de profunda alegria".
Emociona a descrição de Mateus; ..."Entrando na casa, acharam o Menino com Maria, sua mãe"...Palavras proféticas, inspiradas pelo Espírito Santo, para deixar constado para todo o sempre que não se pode encontrar Jesus sem Maria, e menos ainda, Maria sem Jesus. A História comprova - e muito mais o fará - o quanto a devoção à Mãe conduz à adoração ao Filho, e quando a devoção ao Filho conduz à adoração à Mãe.
Os Reis Magos voltaram por outro caminho. Deus jamais deixa de proteger aqueles que o servem com amor e fidelidade. Se os Magos tivessem retornado a Herodes, eles mesmos poderiam ter precedido os Inocentes na morte. Assim procede sempre Deus, recompensando aqueles que são fiéis à Sua graça.
Caríssimos em Cristo Jesus-menino,
Se aos Reis Magos Deus chamou por meio da estrela, a nós Ele nos chama através de Sua Igreja, com sua pregação, jeito de viver em comunidade e com sua proposta de vida em abundância. Logo, a Epifania é a festa que nos convida a agradecermos ao Senhor, como também a Lhe pedir a graça de sermos guiados por toda parte através de Sua luz celeste, dessa forma, acolhermos com fé e vivermos com amor todos os dons que a Santa Igreja nos dá.
A todos nós, Deus nos faz retornar à Pátria "por outro caminho". Há uma certeza quando somos inebriados pela presença, Luz radiosa do Salvador, nossos caminhos não podem e não são os mesmos. Por isso, o Encontro com Jesus, em cada momento de nossas vidas, vai nos afastando do mundo e nos torna efetivamente mais próximo do Paraíso Eterno, da Glória Celeste.
ELES SEGUIRAM A ESTRELA... E ASSIM: “Todos os povos da terra serão um dia uma só nação/ Se a humanidade se unir e pensar Um mundo melhor surgirá! Os quatro cantos da terra estarão vivendo num só coração / Raças e credos buscando um só Deus unidos em uma oração!”
Ao iniciarmos 2011, a festa da Epifania convida a cada um de nós a sermos “Reis” e “Rainhas”, a interpretar os sinais de Deus e a comunicá-los aos outros a fim de construirmos uma sociedade justa e fraterna. Seguindo a Estrela, a luz brilhará em nós e para nós. Assim seja! Amém.
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