domingo, 12 de dezembro de 2010

João Batista...maior dos profetas

Amados irmãos e irmãs,

Este terceiro domingo do Advento é uma exultação de imensa alegria, porque aquele que esperamos em nosso meio. Ele vem para endireitar nossos caminhos e para nos conduzir à festa do seu Natal, num grande sinal da sua manifestação no meio dos pobres, humildes e sofredores. Alegremo-nos com o Cristo que vem nos salvar e fortaleçamos nosso coração e nossas comunidades em tudo que acontece e manifesta a alegria e o otimismo na realização do projeto o Pai.

Irmãos e irmãos,

Isaías anuncia um novo tempo, tempo de alegria e salvação, salvação para todos: cegos, coxos, surdos e mudos, enfim, para todos que necessitam de mudança física e/ou espiritual. O profeta motiva a comunidade: “Criai ânimo, não tenhais medo!”. È preciso acreditar nas promessas de vida e salvação, Daquele que envia seu filho Amado, sua chegada é garantia de que não haverá pranto e dor. Ao povo de Deus se reservam libertação, alegria e vida em abundância.

Assim é revelada às comunidades o Natal de Jesus como a encarnação de Deus no mundo dos pobres e excluídos. E daí nasce as perguntas que ajudam o cristão compreender:: Onde e quando, em nossas comunidades acontece as mudanças físicas e/ou espirituais? Chegou ou quando chegará a hora dos marginalizados em nossas comunidades?

Queridos irmãos e irmãs,

Tiago nos alerta que muitas vezes, depois de uma ação prolongada e constante, o cristão pode sentir-se desanimado, ao ver que estas transformações não acontecem como se esperava. Pois, a fé cristã está permeada de esperanças, que se concretizam em grandes transformações. Então, Tiago traz o exemplo do agricultor: o grão, depois de plantado, “morre” não dá nenhum sinal de vida. Mas o agricultor sabe que surgirá a planta e depois os frutos, espera-se a semente transformar, trazendo vida nova.

A atitude cristã deve ser a mesma: espera perseverante e cheia de confiança, na certeza de vida nova, de acreditando que tais transformações, passo a passo, se realizarão, manifestando a vinda do Senhor. Com isso, aguardando a vinda do Senhor, atitudes se manifestam e pergunta-se: O que significa ser paciente e perseverante numa sociedade como a nossa? Quais são os modos adequados de preparar-se e celebrar o Natal do Senhor em nossas vidas?

Caríssimos em Cristo Jesus,

Quem é o Messias? Jesus é verdadeiramente o Messias esperado? Essa é a resposta que os discípulos de João Batista buscavam. Temo que alguns cristãos atormentam-se com essas indagações, não que afirmam o contrário, mas vivem sem entender e compreender essa verdade revelada em Jesus Cristo.

No Evangelho, Mateus apresenta-nos Jesus revelando que o messianismo não é simples idéia ou teoria, mais do que palavras, são através das obras, concretude do Enviado que teremos respostas. Portanto, a resposta não é dada em palavras, pois, acontece na atitude concreta que se realiza, espera-se da era messiânica: a libertação dos pobres e oprimidos, utopia do Reino que se faz presente na prática de Jesus em favor dos marginalizados.

Jesus pergunta á multidão, algo que nos questiona hoje: “Que fostes ver no deserto? [...] Um homem ricamente vestido?” Jesus mostra-nos que esse tipo de personalidade não caracterizava João. Pois, os que o ouviram no deserto podiam estar certos, que mesmo encarcerado, João continuaria sendo o mesmo: um homem santo, autêntico, que não teme anunciar a verdade e, por opção própria, usava vestes de pelos de camelo e cinto de couro.

Irmãos e irmãos em Cristo Jesus,

Jesus afirma no Evangelho que nenhum homem do Antigo Testamento é maior do que João Batista: “Eis que envio o meu mensageiro à tua frente; ele vai preparar o teu caminho diante de ti”. Eis algumas razões: os profetas falaram a respeito de João; João teve o privilégio de ver o cumprimento do principal oráculo profético do Antigo Testamento: o Senhor Jesus; João foi o precursor do Messias, batizou Jesus nas águas e participou da salvação que os profetas predisseram. O papel de João Batista como um precursor do Messias o colocou numa posição de grande privilégio, descrito como “muito mais do que profeta”, não havendo ninguém maior do que ele. Nenhum homem jamais cumpriu este objetivo dado por Deus melhor do que João. Ainda assim, no Reino de Deus, o menor terá uma herança espiritual maior do que João, porque ele viu e conheceu a Cristo. João morreria antes que Jesus morresse e ressuscitasse para inaugurar o seu Reino. Como seguidores de Jesus testemunharão a realidade do Reino, eles terão privilégios e um lugar maior do que João Batista. Todos os profetas das Escrituras tinham profetizado a respeito da vinda do Reino de Deus. João cumpriu a profecia, pois ele mesmo era o Elias que havia de vir. João não era Elias ressuscitado, mas ele assumiu o papel profético de Elias — o de confrontar corajosamente o pecado e mostrar Deus às pessoas, que reacende a certeza, da vida plena, vida em abundância.

João Batista continua sendo exemplo, de voz no deserto que precisa ser mantida, anunciando a presença do Cristo Salvador em nosso meio. Por isso, proclamamos: “Deus santo, Deus forte, Deus imortal e de poder...”, conduze-nos ao deserto, fale ao coração, para que recobre-nos as forças para anunciar o teu nome e ser testemunha do teu amor fiel, que cantemos e vivamos assim: Senhor, toma minha vida nova/ antes que a espera desgaste anos mim / estou disposto ao que queiras/ não importa o que seja,Tu chamas-me a servir/. Leva-me aonde os homens/ necessitem Tua palavra, necessitem de força de viver / onde falte a esperança onde tudo seja triste, simplesmente por não saber ti /Te dou meu coração sincero para gritar sem medo/ formoso é Teu amor Senhor, / tenho alma missionária conduza-me à terra que tenha sede de Ti. Assim seja! Amém.

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