Servir a Deus...

Irmãos e irmãs,
Com alegria no Senhor, reunimo-nos para celebrar o amor e da salvação. Somos convidados a ser criativos na administração dos bens que Deus nos confia. Ser seguidor de Jesus implica romper com a ganância, fazendo com que os bens sirvam à construção da fraternidade entre todos.

Queridos irmãos e irmãs em Cristo,
A primeira leitura do livro de Amós mostra que Deus se põe ao lado do pobre e não aceita que ele seja lesado. O Senhor sempre se põe ao lado do povo necessitado para nos ensinar que é seu desejo ver a todos se beneficiando dos bens, dom de Deus e fruto da criatividade humana. Conclamemos aos cristãos que se posicionem em favor dos oprimidos.

Amados em Cristo,
Paulo orienta que devemos nos lembrar de todos em nossas orações. Rezar é nos comprometer no íntimo com o projeto de Deus, sendo Igreja, testemunhando que o projeto de Deus está aberto a todos. Não é, portanto, refugiar-se longe das responsabilidades.
A oração tem dimensão política e social. É compromisso decisivo com a construção do Reino de Deus. Como costumamos traduzir nossa fé política?

Caríssimos em Cristo,
O Evangelho de Lucas, apresenta a parábola do administrador astuto. Jesus apresenta aos discípulos o exemplo de um homem que percebeu como os bens deste mundo eram precários e passageiros e que os usou para assegurar valores mais duradouros e consistentes Revela-nos que opção por Cristo rejeita a ambição da ganância e cria novas relações de justiça e de fraternidade. Apontam-se as exigências do ser cristão: opção fundamental por Cristo, rejeitando a ambição do acúmulo e da ganância, para criar novas relações sociais de justiça e fraternidade. Jesus avisa os seus discípulos para fazerem o mesmo. Como isso está acontecendo em nossas comunidades? Na hora do voto, é correto escolher candidatos que são a favor da concentração dos bens?
Irmãos e irmãs, Jesus nos diz que o homem é sábio para juntar suas riquezas terrenas, fazer suas falcatruas, agindo com astúcia para fazer o que não presta, pena que, muitas vezes, não usa desses mesmos dons para montar sua riqueza no céu. Nada é nosso nesse mundo... Que somos apenas administradores e, por isso, devemos mostrar a Deus que pode nos confiar todos os seus bens, porque estaremos atentos a devolver a Ele nossa fidelidade e nosso amor .
Jesus oferece a parábola, não porque aquele servo fosse um exemplo a ser seguido, mas porque foi prevenido em relação ao futuro, a fim de que o cristão tenha essa determinação”; louvou-lhe o empenho, a decisão, a astúcia, a capacidade de sobrepor-se e resolver uma situação difícil, sem deixar-se levar pelo desânimo.
E nós, cristãos, devemos ter empenho em servir a Deus, possibilitando os meios humanos para fazê-los render em favor dos que precisam. O interesse que os outros têm nos seus afazeres terrenos pelo dinheiro, devemos nós tê-lo em ganhar o Céu, em lutar contra o que nos separa de Cristo.
Jesus ainda recorda-nos: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou odiará um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro”. Temos apenas um Senhor, e devemos servi-Lo de todo o nosso coração, com os talentos que Dele recebemos.

Caríssimos,
Neste mês da Bíblia, de acordo com a Palavra de Deus, somos convidados por Jesus a evitar que o desejo pelo do lucro manipulem nossas vidas e condicionem as opções; em contrapartida, somos convidados a procurar os valores do “Reino”.
O cristão não pode ter um tempo para Deus e outro para os assuntos deste mundo: estes devem converter-se em serviço a Deus. “É uma questão de segundos… Pensa antes de começar qualquer trabalho: que Deus quer de mim neste assunto? E, com a graça divina, faze-o”.
Proclamemos como Jesus Cristo, anunciando: “Um novo Reino de justiça e seus valores: Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro. E muito menos agradar a dois senhores”.

Assim seja! Amém.