sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Corpo e alma


Sabe?
Não sei o quanto o tempo passa,
eu, que nem sei o tanto que vivi.
Também não sei o quanto a vida abraçadas
dores, de nós, dos dias que perdi.
Sabe?
Não sei se a vida vira a barca,
se, de roda, carrega os mitos que herdei.
Também não sei o quanto ela traga
dos risos, de nós, dos dias que ganhei.
Entretanto, se refaçam
idas e vindas, beijos e adeus
— a noite sempre suspende a alvorada.
Até que te surpreendas calada,
sem querer, sequer, saber por onde andei.

Moxuara - Flávio Vezzoni

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Palavra em mim agradece, pois seu comentário é muito importante para a nossa caminhada dialógica.
Obrigado!