domingo, 12 de setembro de 2010

Acolhendo o pecador no amor

Queridos irmãos e irmãs,
Jubilosos nos reunimos para celebrar a vida, que reencontra o sentido, nesse encontro festivo com o Pai. Ele não nos rejeita por sermos pecadores, mas vem ao nosso encontro com amor e misericórdia, porque sua alegria consiste em receber-nos de volta quando dele nos afastamos.
Caríssimos,
A caminhada das comunidades cristãs é um processo de libertação liderado pelo Senhor ao longo da história. Moisés intercede em favor do povo pecador e Deus com ternura e misericórdia se mantém fiel na caminhada. Deus está sempre disposto a perdoar quando o ser humano reconhece ter falhado em suas opções e decide redirecionar o próprio caminho. Deus não nos abandona por causa de nossas falhas e, seguimos caminhamos celebrando os acertos e corrigindo os erros.
Irmãos e irmãos,
Paulo se mostra como exemplo vivo do Evangelho da graça. E o povo de Deus não é formado por pessoas que nunca erraram, mas por pecadores que se convertem e são salvos por sua graça. Portanto, a salvação é ato de graça e se confirma com a graça abundante porque é oferecida gratuitamente a todos aqueles que jamais poderiam merecê-la. Jesus veio ao mundo para reconciliar e salvar a humanidade, Deus enviou Jesus ao mundo, não para condenar, mas para salvar os homens.
Caríssimos em Cristo,
O Evangelista Lucas com sua ternura revela-nos o Pai de amor através das parábolas apresentada por Jesus aos fariseus e doutores da lei. Faz-nos questionar: Que espaço tem os pecadores e marginalizados em nossas celebrações e na vida? Quem são os irmãos amados que excluímos de nossas celebrações e de nossas vidas? Como nos consideramos os “filhos mais velhos”, ou o “filho mais novo”? A atitude do Pai Misericordioso inspira nossa opção? De que forma?
Irmãos e irmãs em Cristo,
Jesus compara a alegria do Pai Celestial pelo pecador convertido, ao Pastor que encontra a ovelha perdida, a mulher que encontra a moeda e ao Pai que recebe o filho que havia ido embora. O processo de conversão começa com a tomada de consciência: o filho mais novo sente-se perdido. A acolhida do pai mostra não só o perdão, mas também o resgate da dignidade de filho. O filho mais velho é justo e perseverante, mas é incapaz de aceitar a volta do irmão e o amor do Pai que o acolheu. Não aceita participar dessa alegria.
Deus não se cansa de procurar o que está perdido. Imaginemos que o Pai do filho pródigo, abre sempre a janela, na esperança de rever seu filho voltando, assim é o nosso Pai de Amor, Deus que nos acolhe fraternalmente, sem ressalvas, com ternura, na graça do amor. O amor de Deus torna-se necessitado de encontrar a pessoa perdida, para levá-la a alegria da comunhão no amor.
Amados em Cristo,
Jesus nos convida a aceitar e partilhar da alegria de Deus pela volta dos pecadores à dignidade da vida, reconhecendo o mistério do amor do Pai que se alegra em acolher o pecador arrependido ao lado do justo que persevera.
Que possamos entoar: “Tudo é do pai / Se sou fraco e pecador / Bem mais forte é o meu senhor Que me cura por amor”
E neste mês da Palavra possamos dizer: “Leva-me aonde os homens necessitem Tua palavra, necessitem de força de viver, onde falte a esperança, onde tudo seja triste, simplesmente por não saber ti”.
Somos convidados, neste dia Santo, a entoar cânticos de júbilos, anunciando a festa no céu para a ovelha perdida, a moeda encontrada e o irmão convertido. Restaura-se assim, a dignidade do ser humano como filhos (as) de Deus, porque o “irmão” estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado.
Acolhamos o pecador no amor! É festa no céu! Assim seja! Amém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Palavra em mim agradece, pois seu comentário é muito importante para a nossa caminhada dialógica.
Obrigado!