A Oração Eucarística mais
que oração é uma grande AÇÃO litúrgica. Ela tem uma estrutura com os seguintes
elementos: o diálogo inicial entre quem preside e a assembleia: O Senhor esteja
convosco...Corações ao alto... Demos graças ao Senhor nosso Deus. O prefácio,
apresentando os motivos da ação de graças, terminando com o canto do “Santo...A
epíclese (invocação do Espírito Santo) sobre o pão e o vinho). Narrativa da instituição.
Anamnese (memorial) e ablação(oferta). A epíclese ( invocação do Espírito Santo)
sobre a comunidade. As intercessões, a Doxologia e o Amém final.
A Oração eucarística deve
ser entendida e vivida espiritualmente como um todo. Seu núcleo central é a
ação de graças dirigida em adoração ao Pai e não a presença real de Cristo na
Eucaristia.
O ponto alto, síntese desta
ação de graças, é o momento da elevação do pão e do vinho, no final da oração
eucarística, durante a doxologia (palavra de louvor) final: Por Cristo, com
Cristo, em Cristo, a vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo,
toda honra e toda glória, agora e para sempre. Amém!
A ação de graças, que é toda
a Oração Eucarística, é proclamada pelo presidente da mesa, que fala em nome de
todos como acontece em nossas festas quando queremos homenagear alguém: um faz
o discurso em nome de todos. A assembléia participa atentamente e intervém com
as aclamações: o “Santo...”, o “ Eis o mistério da fé...”, as outras aclamações
e o Amém final, que merece ser feito ou cantado com exultação. Este Amém é o
“sim “da aliança, a assinatura do povo sacerdotal à prece de louvor e à
oferenda pascal que se concluí”. Vale lembrar que temos, no Brasil, quatorze
textos diferentes de Orações eucarísticas, disponíveis para a escolha das
comunidades.
“É claro que só temos a
ganhar com as orações eucarísticas e aclamações cantadas, em linguagem poética
e musical própria da cultura da comunidade celebrante. Orações eucarísticas
resmungadas ou recitadas às pressas jamais conseguirão expressar ou suscitar a
nossa gratidão para com o Pai. Que sejam pelo menos proclamadas com convicção e
alegria.” (Ione Buyst)
Ser eucarísticos, dar
graças, fazer de nossa vida um dom a Deus e aos irmãos é nossa vocação... nosso
dever... nosso prazer... é nossa salvação, passamos da morte para a vida!
Fonte:
CNBB: Liturgia em Mutirão - Maria de Lourdes Zavarez
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