Irmãos e irmãs,
Neste Santo Domingo, último Domingo da Quaresma somos convidados a contemplar Deus que, por amor, desceu ao nosso encontro, partilhou a nossa humanidade, fez-Se servo dos homens, deixou-Se matar para que o egoísmo e o pecado fossem vencidos. A cruz apresenta-nos a lição suprema, o último passo desse caminho de vida nova que, em Jesus, Deus nos propõe: a doação da vida por amor.
Neste Santo Domingo, último Domingo da Quaresma somos convidados a contemplar Deus que, por amor, desceu ao nosso encontro, partilhou a nossa humanidade, fez-Se servo dos homens, deixou-Se matar para que o egoísmo e o pecado fossem vencidos. A cruz apresenta-nos a lição suprema, o último passo desse caminho de vida nova que, em Jesus, Deus nos propõe: a doação da vida por amor.
Na primeira leitura Isaías mostra-nos que apesar do sofrimento e da perseguição, o profeta confiou em Deus e concretizou com fidelidade, os projetos de Deus. A missão que este o profeta recebe de Deus tem a ver com o anúncio da Palavra, pois, o profeta é é a pessoa da Palavra, através de quem Deus fala; a proposta de redenção que Deus faz a todos aqueles que necessitam de salvação/libertação ecoa na palavra profética. O profeta é inteiramente modelado por Deus e não opõe resistência nem ao chamamento, nem à Palavra que Deus lhe confia; mas tem de estar, continuamente, numa atitude de escuta de Deus, para que possa depois apresentar – com fidelidade – essa Palavra de Deus para os povos.
A missão profética concretiza-se quase sempre no sofrimento e na dor. No entanto, o profeta não se desiste: o amor pela Palavra sobrepõe-se ao sofrimento. Assim, vem a confiança no Senhor, que não abandona aqueles a quem chama. A certeza de que não está só, mas de que tem a força de Deus, torna o profeta mais forte do que a dor, o sofrimento, a perseguição.
Na segunda leitura, Paulo apresenta-nos o exemplo de Cristo, que prescindiu do orgulho e da arrogância, para escolher a obediência ao Pai e o serviço aos homens, até ao dom da vida. É esse mesmo caminho de vida que a Palavra de Deus nos propõe.
Cristo Jesus – nomeado no princípio, no meio e no fim – aceitou fazer-Se homem, assumindo com humildade a condição humana, para servir, para dar a vida, para revelar totalmente aos homens o ser e o amor do Pai. Não deixou de ser Deus; mas aceitou descer até aos homens, fazer-Se servidor dos homens, para garantir vida nova para os homens. Jesus aceitou uma morte de cruz – para nos ensinar a suprema lição do serviço, do amor radical, da entrega total da vida. Esta entrega de Cristo aos projetos do Pai resultaram em ressurreição e glória.
Desta forma reconhecendo Jesus como “o Senhor” que reina sobre toda a terra e que preside à história. Somos chamados ao desprendimento, ao dom da vida, pois, o cristão deve ter como exemplo esse Cristo, servo sofredor e humilde, que fez da sua vida um dom a todos, caminho este que leva à glória, à vida plena.
No Evangelho, Marcos convida-nos a contemplar a paixão e morte de Jesus: é o momento supremo de uma vida feita dom e serviço, a fim de libertar os homens de tudo aquilo que gera egoísmo e escravidão. Na cruz, revela-se o amor de Deus – esse amor que não guarda nada para si, mas que se faz dom total. A morte de Jesus tem de ser entendida no contexto daquilo que foi a sua vida. Desde cedo, Jesus apercebeu-Se de que o Pai O chamava a uma missão: anunciar esse mundo novo, de justiça, de paz e de amor para todos os homens. Para concretizar este projeto, Jesus passou pelos caminhos “fazendo o bem” e anunciando a proximidade de um mundo novo, de vida, de liberdade, de paz e de amor para todos. Ensinou que Deus era amor e que não excluía ninguém, nem mesmo os pecadores; ensinou que os leprosos, os paralíticos, os cegos não deviam ser marginalizados, pois, não eram amaldiçoados por Deus; ensinou que eram os pobres e os excluídos os preferidos de Deus e aqueles que tinham um coração mais disponível para acolher o “Reino”; e avisou aos “ricos” de que o egoísmo, o orgulho, a auto-suficiência, o fechamento só podiam conduzir à morte.
Desta forma, O projeto libertador de Jesus entrou em choque – como era inevitável – com a opressão que dominava o mundo. As autoridades políticas e religiosas sentiram-se incomodadas com a denúncia de Jesus: não estavam dispostas a renunciar a esses mecanismos que lhes asseguravam poder, influência, domínio, privilégios; não estavam dispostas a arriscar, a desinstalar-se e a aceitar a conversão proposta por Jesus. Por isso, prenderam, julgaram, condenaram e pregaram Jesus numa cruz. A morte de Jesus é a conseqüência lógica do anúncio do “Reino”: resultou das tensões e resistências que a proposta do “Reino” provocou entre os que dominavam o mundo. Podemos, também, dizer que a morte de Jesus é o culminar da sua vida; é a afirmação última, daquilo que Jesus pregou com palavras e com gestos: o amor, o dom total, o serviço. Na cruz, vemos aparecer o Homem Novo, que ama radicalmente e que faz da sua vida um dom para todos. Porque ama, este Homem Novo vai assumir como missão a luta contra o pecado – isto é, contra todas as causas objetivas que geram medo, injustiça, sofrimento, exploração e morte. Assim, a cruz mantém o dinamismo de um mundo novo – o dinamismo do “Reino”.
No episódio da entrada de Jesus em Jerusalém, podemos destacar: a chegada de Jesus, o Salvador; a entrada do Messias e aclamação de bendito. Jesus é recebido como rei messiânico. A cidade estava agitada com sua presença e diziam: “Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia”. No trecho da paixão, a mesma multidão que acolheu Jesus, que estendeu vestes pelo caminha, grita: “Crucifica-o”. Como compreender isso? Pode-se afirmar nesse sentido que uma multidão manipulada muda de lado, critérios de valor, convicções, fé. A Paixão de Jesus força as pessoas à opção a favor do projeto de Deus ou contra esse projeto, inaugura um novo céu, uma nova terra, nova humanidade. No dia da morte de Jesus, as trevas cobriram o mundo. No princípio, Deus criou a luz, agora o próprio Jesus, entrega seu espírito, para que tenhamos uma nova luz, que para a humanidade brilhe uma nova luz, de vida para todos. Jesus inaugura um novo tempo, assumindo o povo todo, novo templo, morada perfeita ou somos todos nós em busca da santidade.
Neste sentido, o caminho de Jesus ao calvário revela-nos seu rosto humano em plenitude, ancorado em sua Divindade. Os momentos que vão delineando sua passagem de paixão-morte-ressurreição configuram-se: na última ceia, o legado-memória do pão eucarístico, na vigília em oração, na espera serena e confiante, certeza do Plano Divino, que se concretize na renúncia de si mesmo. O sofrimento na carne e a proximidade da morte provocam um sentimento de abandono. Porém, a consciência do amor do Pai leva a uma entrega confiante em suas mãos.
A vida de Jesus é uma entrega de si mesmo em favor de todas as pessoas, consumada definitivamente em sua morte e ressurreição. Sua paixão, morte e ressurreição possibilita a superação da morte e re-significa a vida para toda a humanidade. Em Jesus, o Pai se faz presente, porque quem conhece o Filho conhece o Pai. Por ser o Cordeiro de Deus, Ele é o Salvador, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, prova do amor de Deus aos homens. Participando da paixão, a morte e ressurreição de Jesus que realizam em nossa vida. Percorremos com Jesus os passos que consumam sua obra na terra. A bênção e a procissão de Ramos fazem memória da entrada triunfal de Jesus na Cidade Santa, imagem da Nova Jerusalém que acolhe o seu Senhor com júbilo. Participemos e mergulhemos no mistério da Paixão, na certeza da gloriosa ressurreição, do Senhor da Vida, Jesus. Assim seja! Amém.
Desta forma, O projeto libertador de Jesus entrou em choque – como era inevitável – com a opressão que dominava o mundo. As autoridades políticas e religiosas sentiram-se incomodadas com a denúncia de Jesus: não estavam dispostas a renunciar a esses mecanismos que lhes asseguravam poder, influência, domínio, privilégios; não estavam dispostas a arriscar, a desinstalar-se e a aceitar a conversão proposta por Jesus. Por isso, prenderam, julgaram, condenaram e pregaram Jesus numa cruz. A morte de Jesus é a conseqüência lógica do anúncio do “Reino”: resultou das tensões e resistências que a proposta do “Reino” provocou entre os que dominavam o mundo. Podemos, também, dizer que a morte de Jesus é o culminar da sua vida; é a afirmação última, daquilo que Jesus pregou com palavras e com gestos: o amor, o dom total, o serviço. Na cruz, vemos aparecer o Homem Novo, que ama radicalmente e que faz da sua vida um dom para todos. Porque ama, este Homem Novo vai assumir como missão a luta contra o pecado – isto é, contra todas as causas objetivas que geram medo, injustiça, sofrimento, exploração e morte. Assim, a cruz mantém o dinamismo de um mundo novo – o dinamismo do “Reino”.
No episódio da entrada de Jesus em Jerusalém, podemos destacar: a chegada de Jesus, o Salvador; a entrada do Messias e aclamação de bendito. Jesus é recebido como rei messiânico. A cidade estava agitada com sua presença e diziam: “Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia”. No trecho da paixão, a mesma multidão que acolheu Jesus, que estendeu vestes pelo caminha, grita: “Crucifica-o”. Como compreender isso? Pode-se afirmar nesse sentido que uma multidão manipulada muda de lado, critérios de valor, convicções, fé. A Paixão de Jesus força as pessoas à opção a favor do projeto de Deus ou contra esse projeto, inaugura um novo céu, uma nova terra, nova humanidade. No dia da morte de Jesus, as trevas cobriram o mundo. No princípio, Deus criou a luz, agora o próprio Jesus, entrega seu espírito, para que tenhamos uma nova luz, que para a humanidade brilhe uma nova luz, de vida para todos. Jesus inaugura um novo tempo, assumindo o povo todo, novo templo, morada perfeita ou somos todos nós em busca da santidade.
Neste sentido, o caminho de Jesus ao calvário revela-nos seu rosto humano em plenitude, ancorado em sua Divindade. Os momentos que vão delineando sua passagem de paixão-morte-ressurreição configuram-se: na última ceia, o legado-memória do pão eucarístico, na vigília em oração, na espera serena e confiante, certeza do Plano Divino, que se concretize na renúncia de si mesmo. O sofrimento na carne e a proximidade da morte provocam um sentimento de abandono. Porém, a consciência do amor do Pai leva a uma entrega confiante em suas mãos.
A vida de Jesus é uma entrega de si mesmo em favor de todas as pessoas, consumada definitivamente em sua morte e ressurreição. Sua paixão, morte e ressurreição possibilita a superação da morte e re-significa a vida para toda a humanidade. Em Jesus, o Pai se faz presente, porque quem conhece o Filho conhece o Pai. Por ser o Cordeiro de Deus, Ele é o Salvador, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, prova do amor de Deus aos homens. Participando da paixão, a morte e ressurreição de Jesus que realizam em nossa vida. Percorremos com Jesus os passos que consumam sua obra na terra. A bênção e a procissão de Ramos fazem memória da entrada triunfal de Jesus na Cidade Santa, imagem da Nova Jerusalém que acolhe o seu Senhor com júbilo. Participemos e mergulhemos no mistério da Paixão, na certeza da gloriosa ressurreição, do Senhor da Vida, Jesus. Assim seja! Amém.
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