Antes de prosseguir o meu caminho
E lançar o meu olhar para frente
Uma vez mais elevo, só, minhas mãos a Ti,
Na direção de quem eu fujo.
E lançar o meu olhar para frente
Uma vez mais elevo, só, minhas mãos a Ti,
Na direção de quem eu fujo.
A Ti, das profundezas do meu coração,
Tenho dedicado altares festivos,
Para que em cada momento
Tua voz me possa novamente chamar.
Tenho dedicado altares festivos,
Para que em cada momento
Tua voz me possa novamente chamar.
Sobre eles está profundamente gravada em fogo
Esta palavra: “ao Deus desconhecido”
Seu sou eu, embora até o presente
Me tenha associado aos sacrílegos.
Esta palavra: “ao Deus desconhecido”
Seu sou eu, embora até o presente
Me tenha associado aos sacrílegos.
Seu sou eu – e sinto que os laços
Lutando-me me puxam para baixo
E mesmo fugindo
Me obrigam a pôr-me a seu serviço.
Eu quero Te conhecer, ó Desconhecido!
Tu que, fundo, tocas a minha alma
E qual turbilhão invades minha vida.
Tu, Incompreensível, meu Semelhante.
Quero Te conhecer e a Ti servir.
Lutando-me me puxam para baixo
E mesmo fugindo
Me obrigam a pôr-me a seu serviço.
Eu quero Te conhecer, ó Desconhecido!
Tu que, fundo, tocas a minha alma
E qual turbilhão invades minha vida.
Tu, Incompreensível, meu Semelhante.
Quero Te conhecer e a Ti servir.
Poema de F. Nietzsche – Do Livro Tempo de Transcendência – O Ser humano como um Projeto Infinito – Leonardo Boff
Segundo Boff: Quando Nietzsche anuncia a morte de Deus, não é de qualquer Deus. Mas é Aquele construído pelos povos, com suas religiões e culturas, que perdeu o mistério e a capacidade de construir laços sociais e reencantar a vida. Deus morre quando o ser humano perde a memória-imagem de sua transcendência. Ele, porém, ressuscita, quando mergulhamos em sua dimensão transcendente. Assim, emerge o Deus mistério, Inefável digno de nosso desejo Infinito.
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